Os Personagens das Grandes Guerras
A participação das potências mundiais nas duas grandes guerras mundiais e suas consequências para o mundo que conhecemos hoje.O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
Os Personagens das Grandes Guerras
Resumo: A participação das potências mundiais nas duas grandes guerras mundiais e suas consequências para o mundo que conhecemos hoje.
Palavras_Chave: Guerras, EUA, Nacionalismo, Holocausto
As maiores partes dos participantes da Primeira Guerra Mundial consideravam-na a solução de todos os problemas. A euforia em frente a batalha, que todos julgavam que seria rápida e eficaz, logo dissipou-se diante das atrocidades e do fim de uma era que se esvaia, a Era Vitoriana. Dentro desse contexto, surgia uma nova potencia mundial, os EUA, que se erguia sob o papel de fornecedora de bens primários do velho mundo que nesse momento estava totalmente voltado para o campo de batalha. Após o conflito, a Europa se achava arruinada econômica, social e politicamente. A frustração era evidente na sociedade.
Os Estados Unidos então, de fornecedor de alimentos e manufaturas, surge nesse momento como potência mundial, passando de devedores a credores dentro da economia mundial. A Europa se reconstruiu através do dinheiro americano, tanto o Eixo como os Aliados dependiam nesse momento do percussor da democracia liberal.
Na sociedade, as mudanças ocorridas no pós- guerra afetou o modo de vida europeu, estes se tornaram rancorosos e deprimidos. Na América a transformação se deu no avanço tecnológico que ia de bens domésticos a altos edifícios que se erguiam , juntamente com seu crescimento demográfico. A indústria do entretenimento (rádio e cinema principalmente) se desenvolveu. A arte buscava liberdade de expressão no cinema, que passa nesse instante a ditar o modo de vida.
Esse crescimento trouxe euforia social, deixando em segundo plano os perigos que essa elevada taxa de crescimento poderia trazer a todos. A Europa se reconstruía e os EUA produzia mais do que gastava o que ocasionou a quebra da bolsa de Nova Yorque em 1929. A crise atingiu todo o mundo. As conseqüências no âmbito político também se espalhou pelo planeta, desemprego e manifestos se tornaram uma constante. Alguns movimentos políticos surgiam como “salvadores” dos pesarosos. Partidos socialistas (que defendia a propriedade coletiva) e fascistas (que pregavam o autoriatarismo e repressão aos agitadores) encontravam apoio em uma sociedade abalada.
O cinema era nesse instante o “refresco” perante ao desespero. A industria do cigarro e da bebida lucrou com o malogro alheio. Essa era a “Era do Ouro do cinema” mais também era a “Era do Ouro da Crise”. As pessoas eram raptadas pelo desenrolar dos acontecimentos, os sentimentos das pessoas iam de uma extremo a outro, e o cinema retratava esses por meio de mensagens e da imagem, tornando-se o veículo de massa de grande importância na difusão ideológica dos EUA, líder na indústria do período entre-guerras ,e mostrava quão frágeis eram as alianças.
A música se adequou aos novos rumos. Em meio a tristeza , dançar jazz torna-se uma válvula de escape. As mulheres adquiriram uma certa liberdade que se mostrava através do vestuário e de novos comportamentos.
Um mundo bipartido se erigia. Com o fracasso da conhecida democracia liberal os indivíduos se apegavam ao comunismo ou ao fascismo, motivados pela espera de dias melhores. O medo de uma nova guerra fez com que déspotas como Hitler ganhasse forças. O extremo nacionalismo Alemão era decorrente da frustração da Grande Guerra, para esse perdida. Em 1933 o nazismo se impõe como ditadura, introduzindo uma nova concepção de mundo: Um estado totalitário guiado por um chefe anti-semita e infalível. E o nazismo era composto de um partido único,uma sociedade fanática e uma polícia arbitrária. Os inimigos, fossem eles ideológicos ou raciais (judeus) eram suprimidos para que houvesse uma “higienificação” na Alemanha. Assim o país se recuperou economicamente e o nazismo se consolidou como sistema político.
A principal e mais comentada atitude nazista era o racismo que levou muitos a acreditarem pertencer a uma raça superior, a ariana. Com a missão de “embelezar” o mundo era justificável que se “eliminasse” a “sujeira” que impedia que o ápice de perfeição humana fosse atingido. Assim era justificável que deficientes, ciganos, homossexuais e judeus fossem exterminados. Essa “limpeza” ficou conhecida como Holocausto. Os judeus, maiores vítimas, representavam o empecilho para que o povo alemão alcançasse a perfeição da raça. Eles foram perseguidos, excluídos da administração, do ensino, do jornalismo etc. Perderam também direitos civis e o acesso a lugares públicos. Suas casas e sinagogas foram destruídas e suas mortes viraram uma rotina na Alemanha nazista.
A modernidade e seus aparatos aumentou de forma exponencial o alcance do holocausto. O estado burocrático e moderno foi de grande valia no decorrer do genocídio. Assim sendo o holocausto foi uma conseqüência da modernidade.
Hitler , como artista frustrado que era, soube também utilizar a arte a favor do nazismo. A arte” moderna” era vista como degenerada, relacionada a “sujeira” e ao comunismo russo. Estas distorciam a “normalidade” e representava “tudo de ruim” da sociedade como as deformações físicas.
Na Península Ibérica , mais precisamente na Espanha, uma guerra civil estourava e tinha como motivo a disputa de forças entre o fascismo nacionalista (igreja, exército, latifúndio) e a esquerda popular ( partidos esquerdistas,democratas e sindicatos). A primeira lutava para uma volta ao tradicionalismo espanhol, onde o país não mais estaria sob influência comunista e da franco-maçonaria, e voltaria a ser católica e autoritária. A esquerda combatia o fascismo que se espalhava pelo mundo.A frente esquerdista venceu as eleições e os indivíduos suspeitos de conspiração foram enviados para longe de Madri. O país se afundou em greves, desemprego, moeda desvalorizada e violência. O subsidio estatal da Igreja foi eliminado. Os “canalleristas” reivindicavam a nacionalização da terra e a dissolução do exército, da guarda cível e das ordens religiosas, confiscando propriedades.
O combate envolveu interesses dos países que disputavam a hegemonia do mundo. Alemanha e Itália defendia a direita fascista enquanto a União Soviética apoiava a esquerda. A Guerra se tornou ao mesmo tempo um acontecimento civil espanhol e um ponto de disputa de forças entre os países que se envolveram na Segunda Guerra Mundial.
Assim, o caos mundial causado pela Primeira Guerra teve que ser organizado por uma Segunda Guerra. A trégua forçada do período entre-guerras deixou claro em suas entrelinhas que um novo conflito era evidente. As nações vencedoras foram durante todo esse período revanchistas. Os vencidos arcaram com o ônus da guerra e não conseguiam vencer seus problemas econômicos e sociais. Os estados fascistas (Itália) e nazistas (Alemanha) implantaram um estado militarista e expansionista referendados em um forte nacionalismo. A “paz forçada” que se materializava em tratados de paz impostos por vencedores só foram obedecidos enquanto a França era potencia militar européia. Com a Alemanha se impondo militarmente, a revisão dos tratados caminhou para o novo conflito e a vontade de Hitler de se firmar hegemonicamente através do nazismo colocou-se como primordial para o novo conflito, fazendo com que este preparasse o combate. As “sedes” de poder imperialistas também tiveram papel fundamental para que ocorresse o mesmo. O mundo disputava matéria-prima barata e mercado para vender sua produção e investir dinheiro.
A ofensiva foi a principal característica da Segunda Guerra Mundial. Foi uma guerra maquinaria entre Estados e dentro dos mesmos. A industria foi determinante para o resultado do combate. No fim do conflito a destruição estava por toda a Europa. Mais pobreza, desorganização e crises se instalaram no velho mundo. Os vencedores deste conflito, EUA e URSS, tornaram-se potências mundiais e fizeram com que as relações planetárias se dividissem bipolarmente.
O pós-Segunda Guerra teve como característica o crescimento produtivo de paíse desenvolvidos. A reconstrução Européia e Japonesa, a Guerra Fria e a descolonização são marcas do período assim como a supremacia americana. Os regimes totalitários foram rejeitados de forma unânime. O mundo tornou-se ao mesmo tempo mudancista e conservador em suas relações.
Publicado por: LEIDIANE INACIA MENEZES SILVA BRAGA
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